Quem procurou em Santiago casas e apartamentos para comprar, em um passado recente, se viu com dificuldades para encontrar crédito no setor bancário chileno, que diminuiu prazos e aumentou juros. Ao mesmo tempo, o Multifamily chegou oferecendo localizações diferenciadas e custos mensais que dialogam com a capacidade de pagamento desse público. São mais de 30 mil residências na capital chilena neste formato, com média de 240 unidades por empreendimento, espalhados por Santiago e região. Estudantes estão entre os principais grupos interessados na modalidade, mas jovens adultos também respondem por uma parcela considerável de inquilinos. As maiores demandas desses dois grupos, em particular, são a proximidade aos centros de estudo e trabalho e o transporte urbano de alta capacidade. Em bairros que não oferecem essas facilidades, vemos uma compensação por parte dos empreendimentos: metro quadrado mais em conta ou metragem reduzida. Outros bairros conseguem surfar uma tendência de preços mais elevados devido à sofisticação histórica da localização, quando há metrô, universidade, comércio de rua, vida noturna e centros comerciais. São valores relativamente mais altos do que os aluguéis comuns devido a essas localizações diferenciadas e condomínios bem equipados com amenidades exclusivas.

O giro natural de inquilinos aumenta a geração de receita para o operador, pois permite corrigir o valor dos contratos, enquanto a alta demanda possibilita tratar a inadimplência que pode vir a ocorrer em alguns empreendimentos Multifamily. A duração dos contratos tem um tempo médio de 1 a 2 anos, apresentando uma redução gradual entre esses dois extremos auferidos em 2023. Em outras palavras, a duração total dos contratos está ficando mais próxima de 12 meses do que dos 24 como se observava no começo do ano passado.

Entretanto, alguns riscos externos, como dificuldades relacionadas ao financiamento de obras e autorização de operação Multifamily, atrapalham sua expansão em certas regiões. Além disso, o operador deve ter compromisso com a perenidade na qualidade e quantidade de serviços e amenidades oferecidas no condomínio. Investidores valorizam esses dados positivos relativos à operação do imóvel para aportar recursos em projetos Multifamily. É importante que esses imóveis e sua operação garantam a criação de uma comunidade e a superação de expectativas do usuário. A operação em alto nível de um imóvel bem construído e mobiliado auxilia contra eventuais flutuações do valor mensal de mercado.

Uma expansão considerável está por vir, com aproximadamente 40 novos empreendimentos que devem ser concluídos até 2026 lá no Chile. Aqui no Brasil, após a chegada do Multifamily em São Paulo, a AG7 é uma das primeiras empresas a trazer a modalidade para o sul, sendo certamente a que realiza com maior foco em bem-estar e luxo. Saiba mais sobre como investir nesse mercado.

Fonte: https://materials.griclub.org/latam/re/report/alternativas-para-el-multifamily-en-chile.pdf