São nove critérios que definem uma construção saudável. Objetivo é oferecer qualidade de vida para os moradores. Entenda o conceito que está transformando a arquitetura.

O espaço onde vivemos é nosso refúgio. Desde 2020, quando as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa, os olhares se voltaram para um tema que já está presente na arquitetura e na construção: os healthy buildings. A partir de pesquisas ao redor do mundo, profissionais de saúde e do mercado imobiliário estudam a maneira como os edifícios interferem na qualidade de vida dos moradores. Em Londres, a For Health, organização que pertence à Universidade de Harvard, concentra diversos estudos sobre o impacto das construções saudáveis no bem-estar da população. É de lá que vêm os noves critérios que norteiam os projetos construtivos.

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Elementos básicos para a construção de edifícios saudáveis

1. Ventilação

Ambientes ventilados permitem a troca de ar com o exterior, reduzem os odores dentro do imóvel, evitam a contaminação por dióxido de carbono. Um espaço bem ventilado também contribui para a redução de doenças respiratórias provocadas por ácaros, mofo e umidade.

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2. Qualidade do ar

A escolha dos materiais que serão utilizados tanto na construção quanto na habitação é essencial para manter a qualidade do ar nos edifícios saudáveis. O objetivo é limitar a entrada de gases poluentes, orgânicos ou químicos, manter o nível de umidade entre 30% e 60% e garantir ar fresco e limpo pelo maior tempo possível dentro das habitações.

3. Conforto térmico dentro dos ambientes

Um quarto que pega pouco sol e fica frio ou uma sala abafada pelo calor externo reduzem a qualidade de vida. Para proporcionar conforto térmico, é preciso investir em materiais e processos construtivos que ofereçam equilíbrio da temperatura em todos os momentos do dia.

4. Nível de umidade nos ambientes

A umidade pode provocar doenças respiratórias, danificar móveis e objetos e até a própria construção. Este critério de construções saudáveis visa evitar que a umidade interfira na rotina dos moradores. Os pontos devem ser identificados e sanados ainda durante a construção. 

5. Contaminação 

Já deve ter acontecido com você: ao entrar em algum espaço mais fechado, começou a espirrar, sentir dificuldade para respirar ou outro desconforto físico. Os healthy buildings são concebidos para evitar o acúmulo de poeira, ácaros, insetos e outras pragas transmissoras de doenças. É preciso investir em métodos de vedação e planejar os espaços para que não haja acúmulo de água, ar poluído e lixo.

6. Segurança

Dentro do planejamento para uma construção saudável, vários pontos definem o nível de segurança dos ocupantes. Iluminação comum adequada, entradas monitoradas, saídas de emergência bem posicionadas e escadas acessíveis são alguns desses pontos. Sentir-se seguro também é qualidade de vida, proporciona a sensação de enxergar a casa como um refúgio.

Espelho d'água

7. Qualidade da água

Nos edifícios saudáveis, o monitoramento da qualidade da água é realizado periodicamente. E para garantir que a água utilizada pelos moradores seja livre de contaminações, também é fundamental investir em materiais não-contaminantes a partir do processo construtivo. 

8. Isolamento acústico

Alguns barulhos são inevitáveis, afinal, enquanto você está em casa, a vida acontece do lado de fora. Mas há como minimizar o impacto sonoro que vem da rua e dos imóveis vizinhos. A partir desse critério, as construções saudáveis são feitas com materiais que promovem maior conforto acústico. Do concreto utilizado em pisos e paredes à vedação de portas e janelas, do posicionamento de encanamentos e elevadores à distribuição dos ambientes, tudo deve ser planejado para oferecer espaços de descanso e concentração aos moradores.

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9. Vistas e iluminação natural

Ter um cenário para contemplar sem sair de casa não deve ser privilégio. As vistas livres das janelas são importantes para descansar o globo ocular – quanto mais longe você enxerga, mais seus olhos relaxam. Um healthy building é projetado para também oferecer iluminação natural pelo maior tempo possível durante o dia. Além de ser saudável para morar, é ambientalmente positivo, já que reduz o consumo de energia elétrica.

Protagonismo

A Dra. Andressa Gulin, diretora da AG7 Realty, destaca a importância de pensar a saudabilidade a partir das moradias. “Os healthy buildings passam a ter um protagonismo muito grande no cenário das cidades”, cita. Na AG7, os projetos são desenvolvidos a partir de conceitos de saúde, bem-estar e equilíbrio. Recentemente, a incorporadora lançou o AGE360, edifício certificado com o selo Fitwel e que está sendo erguido com base nos critérios de construções saudáveis. Para saber mais, acesse o site do empreendimento.