Para comemorar a sua reabertura, que aconteceu no último mês, o Museu Oscar Niemeyer (MON) apresenta a exposição “Espécies Raras”, de Tony Cragg, um dos mais destacados escultores britânicos contemporâneos. Vale a pena conferir as cerca de cem obras, entre desenhos e esculturas, a maioria em grandes dimensões, que fazem parte da coleção do próprio artista. Três delas estão instaladas na área externa do Museu: duas junto ao Espelho d’Água, sob o edifício do Olho, e uma no Vão-livre.

Tony Cragg provoca o espectador com a ambiguidade de sua obra. “Formas orgânicas e geométricas, diferentes escalas, profusão de materiais trabalhados pelo artista, capturam e pedem um olhar atento, imaginativo, livre”, explica a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

A exposição é dedicada à produção realizada a partir dos anos 2000, mas mostra também peças emblemáticas feitas nas décadas de 1980 e 1990. São esculturas e desenhos que permitem ao público uma imersão no processo criativo de Tony Cragg.

Entre os destaques da mostra estão duas obras apresentadas pela primeira vez no Brasil: “Sinbad” (2000) e “Minster” (1988), feita de anéis e engrenagens de aço. Outros pontos altos da exposição são: “Eroded Landscape” (1999), uma escultura construída por várias camadas de objetos de vidro como: copos, vasos, lustres, garrafas; e “Secretions” (1995), feita a partir de dados colados. 

Essas obras revelam um processo construtivo a partir da justaposição de objetos preexistentes. Outras séries de esculturas utilizam materiais diversos como madeira, bronze, fibra de vidro, alumínio, de tal modo que o próprio material da escultura conduz às suas soluções formais e estéticas.

Tony Cragg nasceu em Liverpool, no Reino Unido, em 1949, e desde 1977 vive e trabalha em Wuppertal, Alemanha. Frequentou a Wimbledon School of Art, em Londres, em 1973, onde recebeu seu título de bacharel. Em 1977, concluiu mestrado na Royal College of Art.

Além da exposição “Espécies Raras”, estão em cartaz no MON as seguintes mostras: “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”; “O Mundo Mágico dos Ningyos”; “África, Mãe de Todos Nós”; “Museu em Construção”; “Espaço Niemeyer”; “Cones” e obras do Pátio das Esculturas.